E se tudo não passasse de uma melancia? E se tudo fosse tal qual uma melancia? Bem, na verdade, o ser humano é uma melancia! Uma melancia ou qualquer outro fruto, mas hoje apetece-me que seja uma melancia!
Repare-se: o que é que é dispensável, mas essencial, para cada um de nós? A roupa. O que é dispensável, e também essencial, para uma melancia? A casca. Conclusão, não passamos de um pedaço de fruto vermelho envolvido em trapos.
Mas, saltando a visão mais descontraída, e também mais estúpida, somos, de facto, frutos. Senão reparemos: onde está a verdadeira essência de cada um de nós? No nosso interior, claro está. Tal como a melancia, que tem o seu melhor sabor mesmo no meio, também nós, seres humanos, somos verdadeiramente “bons” no nosso interior.
Para além das roupas, nós temos outro tipo de casca e, essa sim, pode ser análoga à da melancia. À volta do nosso ser, todos criamos uma espécie de carapaça que protege a nossa essência do exterior. Isso é bom? Olhemos para a melancia: enquanto se desenvolve, a casca é fundamental. É ela que a protege das intempéries e dos bichos. E, depois de crescida, é ela que permite que se não desfaça em polpa amassada.
Nós somos iguais. A nossa “casca” é fundamental para nos protegermos do mundo que nos rodeia. Contudo, não nos esqueçamos que, em certos momentos, como a melancia quando vai ser comida, é necessário quebrar a nossa casca. É preciso percebermos quando mas, em certos momentos, é chegada a altura de nos abrirmos ao mundo. Quando somos crescidos o suficiente para encarar as crueldades do quotidiano, quando a nossa casca já não nos faz falta.
O que nunca podemos permitir que aconteça é que a casca fique meio quebrada, meio fechada. Temos que ter a percepção suficiente para perceber qual é o momento em que nos devemos dar ao mundo. Porque uma melancia, depois de encetada, tem que ser comida, ou oxidará. Connosco acontece mais ou menos o mesmo. Se não sairmos definitivamente da nossa casca, corremos o risco de oxidar.
A saída da nossa menoridade, já o dizia Descartes, marca a nossa individualidade. Não nos podemos prender a doutrinas, a tradições, a pessoas ou a instituições que ofusquem a nossa essência. É fundamental sairmos da nossa menoridade, da nossa casca; é fundamental percebermos qual é o momento para o nosso “watermelon sunrise”.
Repare-se: o que é que é dispensável, mas essencial, para cada um de nós? A roupa. O que é dispensável, e também essencial, para uma melancia? A casca. Conclusão, não passamos de um pedaço de fruto vermelho envolvido em trapos.
Mas, saltando a visão mais descontraída, e também mais estúpida, somos, de facto, frutos. Senão reparemos: onde está a verdadeira essência de cada um de nós? No nosso interior, claro está. Tal como a melancia, que tem o seu melhor sabor mesmo no meio, também nós, seres humanos, somos verdadeiramente “bons” no nosso interior.
Para além das roupas, nós temos outro tipo de casca e, essa sim, pode ser análoga à da melancia. À volta do nosso ser, todos criamos uma espécie de carapaça que protege a nossa essência do exterior. Isso é bom? Olhemos para a melancia: enquanto se desenvolve, a casca é fundamental. É ela que a protege das intempéries e dos bichos. E, depois de crescida, é ela que permite que se não desfaça em polpa amassada.
Nós somos iguais. A nossa “casca” é fundamental para nos protegermos do mundo que nos rodeia. Contudo, não nos esqueçamos que, em certos momentos, como a melancia quando vai ser comida, é necessário quebrar a nossa casca. É preciso percebermos quando mas, em certos momentos, é chegada a altura de nos abrirmos ao mundo. Quando somos crescidos o suficiente para encarar as crueldades do quotidiano, quando a nossa casca já não nos faz falta.
O que nunca podemos permitir que aconteça é que a casca fique meio quebrada, meio fechada. Temos que ter a percepção suficiente para perceber qual é o momento em que nos devemos dar ao mundo. Porque uma melancia, depois de encetada, tem que ser comida, ou oxidará. Connosco acontece mais ou menos o mesmo. Se não sairmos definitivamente da nossa casca, corremos o risco de oxidar.
A saída da nossa menoridade, já o dizia Descartes, marca a nossa individualidade. Não nos podemos prender a doutrinas, a tradições, a pessoas ou a instituições que ofusquem a nossa essência. É fundamental sairmos da nossa menoridade, da nossa casca; é fundamental percebermos qual é o momento para o nosso “watermelon sunrise”.
PS - Watermelon Sunrise foi escrito inicialmente há alguns meses, no meio de um devaneio de pastilhas elásticas. Em virtude de um especial pedido, é agora aqui reproduzido, com algumas alterações. Uma espécie de remake.
Lisboa, 28 de Maio de 2009