The flap of a butterfly’s wings in Brazil set off a tornado in Texas.

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terça-feira, 20 de outubro de 2009

Efananauei

Todos os dias somos confrontados com uma realidade diferente. É aceite por todos que o mundo (seja o mundo no geral, seja a nossa vida em particular) está em constante mutação e nós, provavelmente cada vez menos, podemos controlar essa mudança. No entanto, isso não é importante, se aproveitarmos cada momento. Principalmente aqueles momentos que podemos controlar.
Esta introdução pseudo-moral pode fazer pensar que este será um post que reflicta a condição humana e a mudança dos tempos. Mas nada disso. Neste post apenas se pretende, muito simplesmente destacar a forma como, de algo muito simples, se pode fazer mudar muita coisa.
Tomamos como exemplo de partida um curioso vídeo do último episódio da terceira série d’Os Contemporâneos, da RTP 1. Nele, os humoristas do programa conseguem, através duma música (diria eu parva), fazer um sketch (arrisco novamente o mesmo adjectivo) que, não tendo uma imensa piada, consegue fazer rir. E que quer, então, isto dizer?
Bem, os mais cépticos e críticos dirão que não quer dizer nada, a não ser que vivemos num país que elogia a parvoíce. Quanto a mim, parece-me que será algo mais que isso. Os Contemporâneos conseguiram, do nada, fazer com que um grupo de pessoas anónimo se juntasse na rua, à sua volta, e fizesse uma festa, naquele momento. Através de uma pequena música estúpida, conseguiu-se que um grupo de pessoas desconhecidas se divertisse. E conseguiu-se que muitos espectadores em casa de rissem e esquecessem, por uns momentos, as dificuldades das suas vidas.
Não está aqui em causa se o sketch tinha graça ou não. Aceita-se que o que acima foi dito não seja uma verdade universal. No entanto, serve para provar o fundamental deste post. Podemos queixar-nos do tempo, que não controlamos. Podemos queixar-nos dos impostos, em que não mandamos. Podemos queixar-nos dos ladrões que nos assaltam, porque não podemos fugir. Mas não nos podemos queixar de que nada depende de nós.
É um espírito muito português (ou latino, ou universal) pôr as culpas sempre nos outros. Mas o segredo está em, depois de passar por cima daquilo que não controlamos, fazer algo por nós. Por mais pequenas que sejam as coisas que façamos (como o sketch d’Os Contemporâneos), podemos fazer algo para mudar o nosso dia-a-dia.

E já agora, eis o vídeo d'Os Contemporâneos:


PS1 - Não se pode dizer que tenha sido um regresso em grande do "Borboletas e Furacões", mas faltam dois meses para o Natal, por isso é melhor começar desde já com um espírito de paz e harmonia para todos.

PS2 - Espera-se que, brevemente, a qualidade literária deste blog suba!

Lisboa, 19 de Outubro de 2009

3 comentários:

sara marina disse...

estás de volta :)

Matrt disse...

e uma simples (arrisco o adjectivo) tarde em tua casa torna-se mais divertida =) mudamos, mas estamos lá... e divertimo-nos com isso!

espero que o regresso seja em grande, e para continuar*

Marta disse...

epah, é marta! ahah